Livros populares que odeio #1: Trono de Vidro

Sou bem mais propenso a odiar alguma coisa do que gostar dela. Ponto.


Não importa se é livro, filme, série, quadrinho, música ou qualquer outra coisa. Fato é que, desde criança, eu sempre dizia: “isso é uma merda” ou, no dialeto daqui: “isso é muito paia!”. Tanto é que um amigo meu me disse que, quando eu crescesse, seria crítico. Parece que ele tinha razão.


Pois bem. Decidi criar essa série de posts onde vou criticar livros que [quase] todo mundo gosta, menos este que vos fala. Claro, vou ilustrar minha decepção com argumentos. Não vou só xingar o autor ou dizer simplesmente “é ruim”. Até porque eu não ligo para o autor: o que ele faz; se é preto ou branco; se é homem ou mulher. Eu sei separar bem o artista da arte. 


Dessa forma, vou procurar ao máximo falar apenas da obra, deixando para falar do autor apenas no que couber.


E, para iniciar a série, nada melhor do que Trono de Vidro, um livro que sofri [muito] para terminar. Li apenas a título de pesquisa, pois tenho trabalhos em andamento com protagonistas mulheres em cenários medievais. Não fosse o caso, teria dropado Throne of Glass antes da página 100.






Título original: Throne of Glass
Título no Brasil: Trono de Vidro
Autora: Sarah J. Mass
País de origem: Estados Unidos
Data de Lançamento: 7 de ago de 2012 (EUA); 6 de ago de 2013 (Brasil)
Editora no Brasil: Galera Record
Número de páginas: 390


A série de Sarah J. Maas é um tremendo sucesso no Brasil e no mundo, vendendo milhares de exemplares de uma série já com, salvo engano, sete livros.

E eu não entendo por quê.

Os problemas do livro já começam com a própria protagonista. Simplesmente não dá para ter suspensão de descrença com ela. Na estória, Celaena Sardothien é uma garota de 18 anos que é uma espécie de lenda do submundo. Assassina profissional, temida por todos, já matou meio mundo de gente, luta artes marciais, etc.

Mas está presa.

Isso mesmo: ela já começa na prisão. E não consegue escapar, apesar de ser fodona. Aliás, o livro apenas CONTA que Celaena é fodona, e não nos MOSTRA isso (cadê o famigerado show, don’t tell?) e aí está o problema. Celaena tem uma “raiva incontrolável” (assim que a autora a descreve), passa mal e vomita se ouvir dizer que alguém morreu e não consegue escapar de uma prisão. Mas, ao mesmo tempo, ela fala idiomas, toca piano e é extremamente bela. Tudo isso ainda muito novinha.

Ah, e isso da Selena (desculpe, Celaena) ser bonita é por causa da autora, que inspirou a personagem nela mesma. Pesquise fotos e verá a semelhança.

Falando do enredo, ele também não é bem construído. Celaena tem que participar de um torneio como representante do príncipe, lutando contra representantes de outros nobres para ver quem vai trabalhar para o rei. E isso não faz o menor sentido. Ora, por que não contratar a Celaena como assassina de uma vez? Por que colocar os melhores guerreiros para se matarem, quando eles poderiam todos trabalhar para o rei?

E também tem o triângulo amoroso. Aquele MALDITO triângulo amoroso. Celaena se envolve com dois caras bonitões e saradões. Porque sim. Porque é Young Adult (YA). E é literalmente impossível escrever YA sem triângulos amorosos, não é mesmo?

Porém, o livro tem seus méritos. A escrita é fluida e dinâmica (Eu li em inglês). Também dou destaque para a ação, que é bem feita. A autora também coloca um bom suspense.

Conclusão: Trono de Vidro é uma série de livros superestimada, com furos de roteiro que estragam a experiência.


P.S.: recomendo a série de vídeos do youtuber James Tullos, que teve “depressão” ao ler Trono de Vidro:



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