Filmes populares que odeio #1: À espera de um milagre (1999)

Toda lista de “TOP 10 filmes mais tristes da história” ou “Filmes que mais me fizeram chorar” com certeza inclui o filme de 1999 “The Green Mile”. E eu discordo. Esse filme é chato, arrastado e superestimado. Minhas razões seguem abaixo.


Título original: The Green Mile 
Título no Brasil: À espera de um milagre 
Direção: Frank Darabont 
Roteiro: Frank Darabont 
País de origem: Estados Unidos 
Data de Lançamento: 10 de dez de 1999 (EUA); 10 de mar de 2000 (Brasil) 


Chegou o dia da semana em que eu falo mal de cultura pop. Previamente eu havia falado de um livro que sofri para ler, Trono de Vidro. E hoje eu começo a falar dos filmes. 

À espera de um milagre é escrito e dirigido por Frank Darabont, que é responsável por várias adaptações das obras de Stephen King, e só não é mais superestimado do que Um Sonho de Liberdade (1994), dirigido pelo mesmo Darabont. A única adaptação que eu gosto do Darabont é O Nevoeiro, de 2007. Não gosto de nenhum outro trabalho (The Walking Dead incluso).

Eu não li o livro no qual o filme é baseado então não posso dar comparar as duas obras. 

O filme tem mais de três horas de duração; foi cansativo assistir até o final. Mas não precisava ser assim. Há muitos filmes longos que passam rápido, como Coração Valente (Mel Gibson, 1995), A Lista de Schindler (Steven Spielberg, 1993) e, mais recentemente, O Irlandês (Martin Scorcese, 2019). Nenhum desses filmes eu precisei pausar. Nenhum desses filmes eu quis pausar. 

A diferença é que À Espera de um Milagre não é um filme longo: é um filme arrastado.

Essas três horas poderiam ser facilmente reduzidas para duas, o que potencialmente poderia fazer com que o espectador não estivesse tão cansado no final e chorasse um pouco. Pois é, o final (a cena da execução, antes do epílogo) é a única parte realmente boa do filme. Você pode até chorar (se não estiver dormindo). 

E boa parte dessa longa duração pode ser atribuída ao rato. Aquele maldito rato!

Explico: lá pelo meio do filme, um ratinho aparece na prisão e se esconde em um almoxarifado. Eu achei que ia ficar por isso mesmo, só uma notinha de rodapé no meio do filme. Mas não. Os dois guardas gastam um tempão limpando o depósito para achar o bicho. E ele continua voltando ao longo do filme. E, no final, após a melhor cena do filme, quem aparece? O rato! 

Ok, o rato me irritou bastante nesse filme, mas não é a principal razão para as suas mais de três longas horas. O filme é um longo flashback, contado do ponto de vista do personagem de Tom Hanks. É mais ou menos como o Grande Gatsby, que é a história do personagem-título contada por um outro. Mas essa estrutura não era necessária em The Green Mile. E isso foi o que matou a experiência para mim. Precisava mesmo ter um velhinho lembrando acontecimentos de décadas atrás? Não funcionou aqui. 

Mas o mais importante é que eu não achei triste. E isso foi crucial para que eu considere o filme como  objetivamente ruim. Uma comédia tem que fazer rir; um terror tem que dar medo; um drama… 

Esses são os meus motivos. O filme é longo sem precisar ser; é arrastado. É um grande flashback desnecessário e tem aquele maldito rato. É por isso que, para mim, À Espera de um Milagre é um dos filmes mais superestimados de todos os tempos.

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